Oeste Global | Luís Carlos Nunes – A deputada federal Caroline de Toni (PL-SC), recém-eleita presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, expressou sua opinião sobre as acusações dirigidas a Jair Bolsonaro (PL) em relação à presumida tentativa de golpe de Estado e interferência na posse do presidente Lula (PT).
Em entrevista à Folha de S. Paulo, a deputada manifestou a percepção de “exagero” nas acusações e abriu a possibilidade de o tema da anistia aos envolvidos nos eventos do dia 8 de janeiro de 2023, incluindo Bolsonaro, ser discutido na comissão.
Ela afirmou: “Se considerar que há a possibilidade de anistiar ele [Bolsonaro], com certeza. Ele vem sendo alvo de diversas acusações que, em nossa visão, são exageradas. Caso haja a conveniência e a oportunidade de incluir [projetos de anistia], não vejo motivos para não fazê-lo”.
A deputada enfatizou a importância do diálogo com seu partido, sua bancada e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para avaliar a viabilidade de aprovar a eventual anistia.
“Há, de fato, uma considerável insatisfação por parte dos advogados e dos participantes das manifestações em 8 de janeiro, que destacam a falta de acesso aos autos ou a suposta falta de individualização da sentença, alegando a violação de certos dispositivos do artigo 5 da Constituição referentes aos direitos dos acusados. Caso exista um respaldo social nesse sentido, não vejo contraindicações em pautar projetos dessa natureza”, declarou a deputada.
A deputada ainda afirmou na entrevista que fará uma dobradinha com Nikolas Ferreira, eleito presidente da Comissão de Educação, para pautar projetos de interesse do bolsonarismo.
“Nós vamos ver a conveniência e oportunidade de pautá-los. Como deputada de direita, e o deputado Nikolas, que irá presidir a comissão de Educação também, a gente entende que isso é um apelo popular, a gente também merece respeito. As pautas da direita também merecem respeito, porque foram chanceladas nas urnas”, afirmou.