3 últimos meses batem recordes de temperatura em todo o mundo, segundo observatório Copernicus

Temperatura média foi de 13,54°C, em fevereiro, 1,77°C acima da média do segundo mês do ano no período 1850-1900.

RFI  – Nos últimos três meses de dezembro de 2023 a fevereiro de 2024, o mundo enfrentou um recorde de temperaturas, conforme alertou o observatório Copernicus em seu mais recente relatório divulgado nesta quinta-feira. A média mundial de temperatura em fevereiro atingiu 13,54°C, um aumento significativo de 1,77°C em relação à média do mesmo período do ano entre 1850 e 1900.

Este valor também superou em 0,12°C o recorde anterior para o mês de fevereiro, estabelecido em 2016. Durante quatro dias em fevereiro, as temperaturas ficaram 2°C acima dos níveis pré-industriais, indicando uma tendência preocupante.

A Europa foi particularmente afetada, com um inverno excepcionalmente quente, registrando temperaturas 3,30°C acima da média. Além disso, os recordes de temperatura foram observados em todas as regiões do mundo, desde a América do Norte até o Vietnã.

Os oceanos, que cobrem 70% da superfície do planeta, atingiram um recorde de temperatura média mensal de 21,06°C, representando uma ameaça direta à vida marinha e à capacidade de absorção de gases de efeito estufa.

Os fenômenos El Niño e La Niña também desempenharam um papel significativo, com El Niño causando temperaturas mais elevadas e a possibilidade de La Niña trazer uma diminuição das temperaturas globais ainda este ano.

A tendência de aquecimento de longo prazo devido ao acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera é uma preocupação constante, com especialistas alertando sobre a necessidade urgente de redução das emissões para evitar mais recordes de temperatura e consequências devastadoras.

O IPCC destaca a importância de reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 43% até 2030 em relação a 2019 para cumprir o limite de 1,5°C estabelecido no Acordo de Paris. No entanto, as emissões globais continuam a aumentar, reforçando a urgência de ações concretas para enfrentar a crise climática.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *