Oeste Global | Luís Carlos Nunes – A situação epidemiológica da dengue na Bahia alcançou um novo patamar preocupante, com a confirmação de que 175 municípios estão em estado de epidemia da doença. Além disso, outros 67 municípios encontram-se em risco, e 18 estão em estado de alerta. Os dados alarmantes foram divulgados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), até o dia 9 de março de 2024.
O total de 45.386 casos prováveis de dengue foi registrado, representando um aumento significativo de 307,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, foram notificados 3.918 casos prováveis de chikungunya, apresentando uma redução de 17,5% em relação ao ano anterior. Já os casos de zika tiveram um aumento de 38,2%, passando de 335 para 463 casos prováveis.
Infelizmente, os impactos da epidemia foram ainda mais graves, com a confirmação de 12 óbitos por dengue em cidades como Vitória da Conquista, Jacaraci, Piripá, Irecê, Feira de Santana, Barra do Choça e Ibiassucê. Além disso, dois óbitos por Chikungunya foram registrados nos municípios de Teixeira de Freitas e Ipiaú, enquanto não houve confirmação de óbitos por Zika.
Diante desse cenário preocupante, o Governo da Bahia, por meio da Secretaria da Saúde do Estado, está realizando a Semana de Mobilização e Combate ao Mosquito Aedes aegypti, no período de 11 a 15 de março. A iniciativa visa intensificar as ações de sensibilização e mobilização da população para a prevenção dessas doenças transmitidas pelo vetor.
A secretária da Saúde do Estado ressaltou a importância da participação da população na Semana de Mobilização, destacando a necessidade de união de esforços para combater a propagação do mosquito e evitar novas mortes. O investimento na ordem de mais de R$ 19 milhões já demonstra o comprometimento do estado no enfrentamento dessas doenças, incluindo a aquisição de equipamentos, distribuição de kits para agentes de combate às endemias e apoio aos mutirões de limpeza.
Com esforços conjuntos e a participação ativa da sociedade, é possível conter a disseminação do Aedes aegypti e minimizar os impactos negativos da dengue, zika e chikungunya na população baiana.