O Fiado Vive! Brasil movimenta milhões em compras à moda antiga

Oeste Global | Luís Carlos Nunes – Ah, o Brasil, terra de soleiras de casas enfeitadas, bolos de aniversário sem velas e, claro, do bom e velho fiado. Enquanto o mundo lá fora está pagando com bitcoins, realizando transações instantâneas via Pix e até mesmo fazendo compras com uma piscadela de olho (quem dera), por aqui ainda temos a tradição de anotar no caderninho e pagar depois. Viva a modernidade brasileira!

Num levantamento digno de uma verdadeira investigação jornalística, a empresa Web Automação descobriu que ainda existem estabelecimentos no Brasil que decidiram abraçar o paletó do fiado em pleno ano de 2023, movimentando uma quantia invejável de R$ 4,3 milhões. Afinal, quem precisa de Pix quando se pode simplesmente dizer: “Bate o prego, anota aí, que te pago depois”?

Segundo os especialistas em tecnologia antiga, os estados mais “raíz” desse hábito são São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. E sabe onde você mais encontra esse jeitinho brasileiro de pagar? Nos restaurantes, lanchonetes, bares, e botecos! Neste rol, não ficam de fora, manicures, cabeleireiros, é claro! Sim, porque nada combina mais com um bom prato de comida do que um “põe na conta, meu camarada”.

E o que dizer dos comerciantes que ainda confiam no velho fiado? Uns teimosos, você pode pensar. Mas não é bem assim. O CEO da Web Automação, Araquen Pagotto, revelou que alguns ainda mantêm essa tradição para agradar aqueles que resistem às tentações tecnológicas. Ou talvez, quem sabe, para manter a clientela fiel que já está acostumada com o crediário da esquina.

Mas não se enganem, meus caros leitores, não é só de caderninhos sujos que vivem esses visionários do comércio brasileiro. Eles também querem um caixa balanceado e uma gestão de estoque de primeira linha. Por isso, tiveram que se render à era digital e adaptar um sistema automatizado para incluir o fiado no rol dos métodos de pagamento. E não é que deu certo? O valor transacionado simplesmente aumentou em 3.500%! É a revolução do fiado, meus amigos.

Enquanto isso, o Pix, criado pelo Banco Central, segue sendo a menina dos olhos do sistema financeiro moderno. Com seus 141 milhões de usuários e R$ 17,1 trilhões transacionados no ano passado – superando até os cartões de crédito e débito -, o Brasil se torna referência em “tecnologia de pagamento”. E quem diria, o fiado ainda dá seus pulos vigorosos, e talvez até umas risadinhas sarcásticas. Afinal, nada como um clássico para alegrar o dia, não é mesmo?

Texto editado por Oeste Global, fonte Bahia Notícias

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