Oeste Global – A cúpula da Polícia Federal (PF) está confiante de que em até quatro meses será capaz de finalizar as investigações que cercam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conforme reportado pela colunista Bela Megale, do jornal O Globo. O objetivo dos investigadores é apresentar o relatório final ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, até julho deste ano.
Este inquérito é considerado pelo ex-presidente e sua equipe jurídica como o único que poderia resultar em sua prisão. Portanto, há grande pressão para que a PF conclua o trabalho dentro do prazo estipulado.
Dentro do Supremo Tribunal Federal, há uma convicção crescente de que Bolsonaro será indiciado pela PF, dada a quantidade substancial de evidências que o ligam diretamente à tentativa de golpe. Os magistrados acreditam que a prisão de Bolsonaro só deverá ocorrer após uma condenação definitiva, ou seja, após o esgotamento de todos os recursos legais.
A primeira investigação que será concluída pela PF diz respeito à falsificação de certificados de vacinação, tanto do ex-presidente quanto de seus familiares e ex-assessores. A segunda investigação está relacionada às joias da Arábia Saudita que foram ilegalmente introduzidas no Brasil e destinadas a Jair e Michelle Bolsonaro.
Bolsonaro é acusado de tentar apropriação ilegal de diamantes que pertenciam ao Estado brasileiro, não a ele como indivíduo. A conclusão desse inquérito depende de documentos de cooperação internacional firmados com os Estados Unidos, uma vez que algumas peças foram comercializadas naquele país.
O terceiro e mais significativo caso será concluído até o final do primeiro semestre e concentra-se na suposta tentativa de golpe de Estado, planejada pelo ex-capitão, ex-membros de seu governo e militares, para evitar a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Embora houvesse expectativa de que esse caso pudesse ser encerrado no final do ano passado, surgiram novos elementos, exigindo diligências adicionais e uma ampliação da investigação.