“Lula nunca abraçou nazista” disse Senador Omar Aziz em resposta a Pacheco que cobrou retratação de Lula por fala sobre Israel (VÍDEO)

Oeste Global | Luís Carlos Nunes – Durante uma sessão acalorada no Senado nesta 3ª feira (20/fev), o presidente da casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fez uma solicitação contundente para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se retratasse por suas declarações recentes que compararam o genocídio ocorrido em Gaza, promovido por Israel, ao Holocausto.

Pacheco, ao abordar o assunto em plenário, expressou sua convicção de que as palavras infelizes de Lula não representavam o verdadeiro espírito do ex-presidente, que é reconhecido mundialmente por sua habilidade em estabelecer diálogos e construir pontes entre nações. Ele destacou a importância de uma retratação por parte de Lula para esclarecer e amenizar o impacto de suas declarações.

Por outro lado, o senador Omar Aziz (PSD-AM), que tem raízes palestinas, interpelou Pacheco durante o debate, defendendo veementemente Lula e questionando a situação desesperadora em Gaza, onde dezenas de milhares de civis, incluindo crianças e mulheres, foram vítimas de ações das Forças de Defesa de Israel.

Aziz lançou um desafio direto a Pacheco, indagando sobre o número de vítimas civis, especialmente crianças e mulheres, e contrastando isso com o número de membros do Hamas, considerados terroristas por Israel, mortos ou capturados. Além disso, o senador fez menção ao encontro anterior do ex-presidente Jair Bolsonaro com a deputada Beatrix von Storch, líder da extrema-direita alemã em 2021, destacando a diferença nas atitudes políticas entre os dois líderes.

“Não há comparação real com o Holocausto, é simplesmente impossível”, afirmou Aziz, enquanto defendia Lula. Ele enfatizou que o ex-presidente nunca teve proximidade com uma deputada nazista, referindo-se ao encontro de Bolsonaro com Beatrix von Storch, que é neta de um ministro nazista, destacando uma clara distinção entre as abordagens dos dois líderes políticos.

Omar Azir se referiu ao encontro entre Bolsonaro e Beatrix von Storch, ocorrido em julho de 2021 fora da agenda oficial no Palácio do Planalto, em Brasília, que gerou fortes críticas por parte da Confederação Israelita do Brasil (Conib) e do Museu do Holocausto, que condenaram a recepção dada à representante da AfD, um partido alemão de extrema-direita com tendências xenofóbicas e antissemitas.

Beatrix von Storch é neta de Lutz Graf Schwerin von Krosigk, um ministro das Finanças nazista, e a AfD é conhecida por sua retórica racista, sexista, islamofóbica e anti-imigração, além de minimizar as atrocidades nazistas e o Holocausto.

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