Ao alertar o presidente Lula sobre os riscos de decretar uma GLO, Janja demonstrou uma visão estratégica e um compromisso inabalável com os princípios democráticos do país
Oeste Global | Luís Carlos Nunes – A recusa da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) durante os eventos de 8 de janeiro foi um momento crucial para a democracia brasileira, e muito disso se deve à sensibilidade e sabedoria de Janja Lula, esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em um contexto de intensa tensão política, com apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro clamando por uma intervenção militar, a GLO se tornou uma palavra de ordem nos acampamentos golpistas. No entanto, a decisão de não acionar esse dispositivo foi um ponto de inflexão, e isso se deveu, em grande parte, à intervenção de Janja.
Janja compreendeu, de maneira aguçada, os perigos simbólicos e políticos associados à GLO. Ao alertar Lula sobre os riscos de conceder um protagonismo excessivo às Forças Armadas, ela demonstrou uma visão estratégica e um compromisso inabalável com os princípios democráticos do país.
A sugestão de Janja de que a GLO representaria “entregar para os militares” foi um insight crucial, pois evidenciou os possíveis desdobramentos negativos de tal decisão. Ao antecipar o impacto político e social de uma eventual decretação da GLO, ela desempenhou um papel fundamental na preservação da estabilidade democrática do Brasil.
Dessa forma, é inegável que a recusa da GLO, guiada pela sensibilidade e perspicácia de Janja Lula, foi um fator determinante para evitar uma crise ainda mais grave. Sua intervenção foi um exemplo notável de liderança e coragem cívica, e sua contribuição para a defesa dos valores democráticos do país será lembrada como um momento de resistência em meio a uma tempestade política.