O governo do Egito anunciou na terça-feira (13) um marco significativo nas relações comerciais com o Brasil ao reconhecer a equivalência do sistema brasileiro de inspeção, elevando o país sul-americano à categoria de “pre-listing” para exportação de carnes bovina, suína e de aves. Esta decisão impacta diretamente pelo menos 30 frigoríficos brasileiros que aguardavam há mais de quatro anos a autorização para embarcar seus produtos para o mercado egípcio.
Antes deste acordo, a aprovação ou renovação da habilitação dos frigoríficos estava sujeita a auditorias presenciais por parte das autoridades egípcias. Essa prática não apenas gerava custos extras para as empresas, mas também sobrecarregava auditores fiscais e restringia o número de plantas industriais autorizadas a exportar. Com a implementação do “pre-listing”, essa exigência foi abolida, simplificando significativamente o processo.
De acordo com comunicado emitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, uma missão da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais da Pasta, realizada em novembro de 2023, foi fundamental para o sucesso das negociações. O Egito é o maior importador de carne de aves do Brasil e o sexto maior comprador de carne bovina brasileira. No ano passado, o Brasil exportou 130 mil toneladas de carnes para o Egito, gerando uma receita de aproximadamente US$ 384 milhões.
“O pre-listing reflete o alto grau de confiança no controle sanitário brasileiro, especialmente no Serviço de Inspeção Federal (SIF), cuja excelência é reconhecida por mais de 150 países importadores. O Egito demonstra a força e o potencial de crescimento das relações comerciais estabelecidas. Somente no ano passado, conquistamos quatro novos mercados no Egito, entre eles o de algodão”, afirmou o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa, em comunicado oficial.
Esse avanço nas relações comerciais entre Brasil e Egito não apenas beneficia o setor de carnes, mas também fortalece a confiança mútua entre os dois países, abrindo portas para futuras oportunidades de negócios e parcerias econômicas. Com a simplificação dos procedimentos de exportação, espera-se um aumento no volume de negócios e uma contribuição significativa para a economia brasileira.