Barreiras acumula dívida próxima a R$ 600 milhões e o prefeito Zito Barbosa propõe um novo financiamento na casa de R$ 100 milhões
Oeste Global | Luís Carlos Nunes – O jornalista Carlos Alberto Sampaio, em um artigo contundente publicado no jornal OExpresso, trouxe à tona uma questão de suma importância para a comunidade de Barreiras. Segundo suas palavras, líderes comunitários e políticos convocaram uma reunião marcada para este sábado (17/2), a ser realizada no Hotel Morubixaba, com o propósito de abordar a preocupante situação do endividamento crescente do município.
O cerne da questão, reside o fato de que Barreiras já acumula uma dívida consolidada próxima a R$ 600 milhões de reais, enquanto o prefeito Zito Barbosa propõe um novo financiamento na casa dos R$ 100 milhões. O convite para o evento vai assinado pela vereadora Carmélia da Matta (PSB).
O ônus mensal dessa dívida, conhecido como “serviço da dívida”, já atinge a cifra de R$ 6,5 milhões.
Ao longo dos 7 anos de seus dois mandatos, Zito Barbosa contraiu empréstimos que totalizam R$ 267 milhões, embora apenas R$ 218 milhões tenham efetivamente ingressado nos cofres da Prefeitura. Outro ponto importante, é que Barreiras recebeu aportes extras de R$ 220 milhões provenientes de dívidas do Governo Federal relacionadas ao antigo FUNDEF, recursos estes destinados à Educação, mas que, em algumas situações, foram direcionados para outras finalidades na infraestrutura municipal, com justificativas nem sempre transparentes.
Apesar disso, não foi divulgada uma lista oficial com confirmação dos nomes dos ex-deputado Federal Carlos Tito (PT) e nem de Danilo Henrique (PP), dois nomes que despontam para o pleito eleitoral deste ano.
Uma outra preocupação dos organizadores da Comissão do Endividamento Público, (nome atribuído ao grupo que encabeça o evento de sábado), é a possibilidade de o prefeito, diante das dificuldades para eleger seu sucessor, aproveitar uma parte do novo financiamento para impulsionar a campanha governista. Tal ação, além de tangenciar a ilegalidade, seria percebida como uma tentativa de obter vantagem na iminente consulta democrática que se aproxima.
Barreiras passa por um momento muito delicado onde o próximo gestor terá imensa dificuldade de executar obras e políticas pública em razão do descontrole com a finanças do município.